Hoje nós fomos às compras com sua tia Kátia, com a prima e a vovó Nilda.
Elas compraram cada coisa linda pra você!!
Cada macacão lindo!!
E teve mais coisas lindas!!Você vai ficar lindo em todas elas!!
Te amamos muito, filho!!!
Na pesquisa, foram avaliadas 132 gestantes do primeiro filho, com gravidez a termo: 70 foram acompanhadas por fisioterapeuta e fizeram os exercícios preconizados no trabalho de parto e outras 62 tiveram acompanhamento obstétrico normal, sem os exercícios. As gestantes do estudo foram orientadas a ficar em várias posições, fazer movimentos articulares e pélvicos, relaxamento do períneo e coordenação do diafragma.
A fisioterapeuta Eliane Bio, autora do estudo, diz que, além da redução do número de cesáreas, os exercícios diminuíram a dor e a duração do trabalho de parto -de 11 para 5 horas. "Nenhuma parturiente do nosso grupo precisou de analgésico." No grupo controle, 62% usaram drogas de analgesia.
No Brasil, exercícios no trabalho de parto estão restritos aos poucos centros médicos que incentivam o parto normal, mas, em países como a Inglaterra e a Alemanha, vigoram há mais de 40 anos. Na França, toda grávida é orientada a fazer ao menos 12 consultas com o fisioterapeuta no pré-natal.
Segundo Bio, os exercícios remetem à livre movimentação que, no passado, a mulher tinha em casa durante o parto. "Temos que estimular as habilidades do corpo da mulher para o parto, prevenindo traumas no períneo, levando a uma vivência menos dolorosa, resgatando a poesia do nascimento."
Segundo ela, os procedimentos fisioterápicos preconizam a participação da mulher em todo o processo de parto, com a livre escolha de posições durante as contrações.
O obstetra Artur Dzik, diretor da Sociedade Brasileira de Reprodução Humana, diz que o estudo é benfeito (prospectivo, randomizado e com um número significativo de voluntárias). "Tudo o que estimula responsavelmente o parto normal é bem-vindo num país com altíssima incidência de cesárea."
Para ele, o ponto principal do trabalho foi ter mostrado que o acompanhamento fisioterápico retarda a necessidade de analgesia, diminuindo o tempo do trabalho de parto.
Na opinião de Renato Kalil, ginecologista e obstetra da Maternidade São Luiz, o mérito do trabalho de Bio é ter "colocado no papel" a eficácia dos exercícios. "Minhas pacientes fazem isso há 22 anos, mas ainda são exceções. Na maioria dos hospitais, a grávida fica deitada esperando a hora da cesárea."
Ele pondera quue o trabalho não consegue demonstrar de que forma ocorre o relaxamento provocado pelos exercícios. "Um médico adepto da cesárea diria que seria preciso medir os impulsos elétricos do músculo para comprovar o relaxamento. Mas, na prática, sabemos que a movimentação funciona."Editoria de Arte/Folha Imagem | ||
CLÁUDIA COLLUCCI
da Folha de S.Paulo
Simone Diniz
RESUMO
Todos os anos, milhões de mulheres na América Latina têm sua vulva e sua vagina cortada cirurgicamente (musculatura vaginal, tecidos eréteis da vulva e vagina, vasos e nervos) sem que haja qualquer necessidade médica. Esse corte, chamado episiotomia, provoca danos sexuais importantes, dor intensa, freqüentemente complicações infecciosas e urinárias. Desde meados da década de 80, há evidência científica sólida indicando a abolição da episiotomia de rotina. Poucos questões de saúde sexual tem um alcance, importância e gravidade na vida das mulheres tão grande quanto essa, e são tão preveníveis quanto a episiotomia. Além de seu potencial em reduzir o sofrimento das mulheres, a redução da episiotomia implicaria ainda em uma importante economia do setor saúde.
Em grande medida, estão disponíveis no país os elementos técnicos, como manuais e normas, para implementar mudanças na assistência ao parto. O que falta é avançar na promoção de mudanças institucionais, para fazer justiça a esses avanços. Essas mudanças exigem a mobilização das mulheres, profunda mudança na formação dos profissionais de saúde, além de coragem e firmeza dos responsáveis pelas políticas públicas. Esse projeto inclui:
a) um componente de educação da opinião pública leiga e profissional sobre a episiotomia,
b) um programa de formação para profissionais (e seus conselhos) sobre episiotomia, direitos das mulheres e medicina baseada em evidências,e
c) intervenções de mídia em geral, e em especial aquela dedicadas às gestantes e mães.
O DIREITO À INTEGRIDADE CORPORAL
O movimento feminista afirma a autoridade das mulheres na definição de suas necessidades e se opõe às condutas médicas feitas "para o seu próprio bem". Reivindica os direitos reprodutivos e sexuais, os direitos humanos à condição de pessoa, à integridade corporal e à eqüidade. Esses direitos, quer estejam ou não constituídos legalmente, são compreendidos como reivindicações de justiça, afirmações de que os arranjos sociais de gênero são injustos e devem ser transformados.
Nesse sentido, as condutas desnecessárias e arriscadas são consideradas violações ao direito da mulher à sua integridade corporal. A imposição autoritária e não-informada desses procedimentos atenta contra o direito à condição de pessoa; e a dificuldade no acesso ao leito, com a peregrinação das gestantes em busca de vagas nos hospitais, viola o direito das mulheres à eqüidade e à assistência.
A SEXUALIDADE NA ASSISTÊNCIA AO PARTO
As referências à sexualidade estão presentes na organização da assistência ao parto, de formas sutis ou muito explícitas. Aparecem nos procedimentos técnicos e sua justificativa, como no caso da episiotomia (corte da vulva e vagina) e da cesárea, e na informalidade das piadas e brincadeiras durante os plantões nos hospitais. Incluem desde as falas supostamente amigáveis ("vou costurar a senhora de maneira que fique igual uma mocinha") até as acusações e agressões verbais de caráter sexual, principalmente quando a mulher se queixa de dor ("na hora de fazer achou bom, agora cale a boca e agüente").
Fonte: Diniz, 2002.
Em grande medida, os mecanismos de imposição do silêncio e de contenção das mulheres no parto estão centrados na sua desmoralização por terem atividade sexual. Essa atitude é uma constante em muitos países e em várias formas de assistência à saúde reprodutiva. É utilizada para deslegitimar a fala das mulheres quando elas se queixam de dor ou quando reagem a condutas percebidas como ameaças a sua integridade ou sua segurança.
O ABUSO DAS EPISIOTOMIAS
Uma vez que os procedimentos do chamado "parto típico" (isolamento, aceleração, jejum, episiotomia etc.) são aceitos pelo senso comum como adequados, tanto os profissionais que os infligem quanto as mulheres que os sofrem tendem a percebê-los como um mal necessário
O uso indevido da episiotomia e da posterior costura (episiorrafia) é um exemplo de violação do direito humano de estar livre de tratamentos cruéis, humilhantes e degradantes. A episiotomia tem sido indicada para facilitar a saída do bebê, prevenir a ruptura do períneo e o suposto afrouxamento vaginal provocado na passagem do feto pelos genitais no parto normal.
Sabe-se que essa indicação não tem base na evidência científica, mas sim na noção - arraigada na cultura sexual e reprodutiva - do "afrouxamento vaginal", decorrente do "uso" da vagina, seja pelo uso sexual ou reprodutivo. Essa representação da vagina "usada", "lasseada", "frouxa" é motivo de intensa desvalorização das mulheres e se apóia tanto na cultura popular quanto na literatura médica produzida por grandes autores brasileiros e internacionais.
Na fala dos profissionais repete-se a crença de que, sem esse corte e essa sutura adicional que aperta a vagina, chamada "ponto do marido", o parceiro se desinteressaria sexualmente pela mulher ou, no mínimo, por sua vagina. Essa crença é difundida por muitos autores como, por exemplo, Jorge de Rezende - possivelmente, o maior autor de obras sobre obstetrícia no Brasil -, e é, certamente, uma justificativa importante do uso da cesárea: "A passagem do feto pelo anel vulvoperineal será raramente possível sem lesar a integridade dos tecidos maternos, com lacerações e roturas as mais variadas, a condicionarem frouxidão irreversível do assoalho pélvico".
Fonte: Rezende, 1998.
Se for considerado que, de acordo com evidências científicas, a episiotomia tem indicação de ser usada em cerca de 10% a 15% dos casos e ela é praticada em mais de 90% dos partos hospitalares na América Latina, pode-se entender que anualmente milhões de mulheres têm sua vulva e vagina cortadas e costuradas sem qualquer indicação médica. Um estudo mostrou que o uso rotineiro e desnecessário da episiotomia na América Latina desperdiça cerca de US$ 134 milhões só com o procedimento, sem contar nenhuma de suas freqüentes complicações.
Fonte: Tomasso et al, 2002.
Pode-se calcular o desperdício daquilo que é quantificável, como litros de sangue, dias de incapacidade, prejuízos na amamentação, material cirúrgico ou simplesmente dinheiro público, nesses milhões de episiotomias inúteis realizadas anualmente. Há ainda o imponderável sofrimento físico e emocional da mulher - além da mensagem de que seu corpo é defeituoso e de que ela será sexualmente desprezível se não se submeter a esse ritual, que supostamente lhe devolverá a "condição virginal".
Vários estudos mostram que a episiotomia provoca dor intensa. Mesmo nos serviços onde as mulheres não têm acesso a anestesia adequada, elas têm que enfrentar esses e outros procedimentos altamente dolorosos. Nessas situações, as mulheres freqüentemente gemem e choram de dor "do primeiro ao último ponto".
Fonte: Alves e Silva, 2000.
Mesmo sem o conhecimento das chamadas evidências científicas, muitas mulheres sentem-se injustiçadas por essa violência física e emocional. A expressão do horror sentido pelas parturientes deveria alertar os profissionais de saúde a refletir sobre a prática. Um diretor de maternidade conta que: "Quando eu estava fazendo residência, atendi uma pessoa que tinha feito um parto em Angola durante a Guerra Civil, outro em Paris e estava fazendo o terceiro comigo, no hospital-escola aqui no Brasil, com tudo o que eu achava que era bom: episiotomia, fórceps, tudo. Quando acabou, a paciente falou: 'Prefiro ser torturada a ter um parto como este que acabei de ter'. [...] Foi o momento em que eu parei para rever que tipo de obstetrícia aprendemos".
A EPISIOTOMIA DE ROTINA COMO CIRURGIA SEXUAL
Talvez as piadas e o tom jocoso e desrespeitoso que muitas vezes os médicos usam durante a assistência ao parto e diante do sofrimento das mulheres sejam uma forma de os profissionais lidarem com seu próprio sentimento de inadequação, até mesmo com a culpa por causar danos funcionais e estéticos.
Como relata um médico: "Meu Deus, tem colega que faz cada uma, eles aleijam as mulheres! Porque, veja, tem episiotomia que a gente chama de hemibundectomia lateral direita, tamanha é a episiorrafia, entrando pela nádega da paciente, que parece ter três nádegas. Fora aquelas episiotomias que deixam a vulva e a vagina todas tortas, que a gente chama de AVC de vulva, sabe quando a pessoa tem um derrame e fica com a boca e o rosto tortos, assimétricos?"
Esses casos de aleijões genitais vão depois compor a demanda de outro profissional, o cirurgião plástico especializado em corrigir genitais deformados por episiotomias.
O apelo da episiotomia para "devolver a mulher à sua condição virginal", como proposto por alguns autores na década de 20, teve eco na cultura brasileira. A imagem que o discurso médico sugere é que, depois da passagem de um "falo" enorme - que seria o bebê - o pênis do parceiro seria proporcionalmente muito pequeno para estimular ou ser estimulado pela vagina. Isso poderia implicar uma autorização ao homem para procurar uma mulher "menos usada" ou demandar como alternativa o coito anal.
Fonte: Ceres, 1981.
A necessidade masculina de um orifício devidamente continente e estimulante para a penetração seria então prevenida ou resolvida pela episiotomia, ou mesmo pela cesárea, preservando-se o estatuto da vagina como órgão receptor do pênis.
No Brasil, prevalece um "sistema erótico" baseado nas noções de atividade-masculino e passividade-feminino. Essa idéia ratifica a teoria da vagina apertada ou frouxa (passiva, diante do falo que a estimula e é estimulado), em oposição à compreensão de vagina e vulva como órgãos ativos, capazes de se contrair e relaxar, de acordo com a vontade feminina, pois são músculos voluntários.
Fonte: Australian Broadcasting Company, 2002.
Essa concepção mecânica e passiva da vagina é transposta para o parto, dificultando a compreensão, mesmo pelos médicos, de que esse órgão se distende para o parto e depois volta ao tamanho normal. Mais uma vez, não se trata do que é "cientificamente correto", mas de sua representação.
Do ponto de vista da evidência científica, a musculatura pélvica (tanto da vagina como do controle da bexiga) pode ser preservada e aperfeiçoada por meio de exercícios, independentemente da vida sexual, de partos vaginais ou da necessidade de recursos cirúrgicos. Segundo a evidência científica, a episiotomia é associada, não a uma vida sexual enriquecida, mas a uma substituição do tecido muscular e erétil da vulva por fibrose e a um aumento da dor durante a penetração (dispareunia). Resulta também em maior demora na retomada da vida sexual pós-parto, além de freqüentes deformidades vulvares. Isso quando não ocorrem complicações, quando pode haver risco maior de lacerações graves, de infecção e de hemorragia.
Fonte: Childbirth, 2001.
No Brasil, a episiotomia e seu "ponto do marido", assim como a cesárea e sua "prevenção do parto", funcionam, no imaginário de profissionais, parturientes e seus parceiros, como promotores de uma vagina "corrigida". Se as mulheres acham que vão ficar com problemas sexuais e vagina flácida após um parto vaginal e que e a episiotomia é a solução, elas tendem a querer uma episiotomia. Mas, quando as mulheres têm acesso a informação e sabem que é possível ter uma vagina forte por meio de exercícios, elas passam a compreender que a episiotomia de rotina é uma lesão genital que deve ser prevenida e que elas podem recusá-la.
Desde meados da década de 80, há evidência científica sólida indicando a abolição da episiotomia de rotina. Em grande medida, estão disponíveis no país os elementos técnicos, como manuais e normas, para implementar mudanças na assistência ao parto. O que falta é avançar na promoção de mudanças institucionais, para fazer justiça a esses avanços. Essas mudanças exigem a mobilização das mulheres, profunda mudança na formação dos profissionais de saúde, além de coragem e firmeza dos responsáveis pelas políticas públicas.
A garantia de assistência humanizada ao parto - orientada pelos direitos e baseada na evidência - constitui uma importante estratégia na busca da promoção dos direitos sexuais e reprodutivos das mulheres em um momento tão especial de suas vidas.
fonte: site amigas do parto
Por ser um novo vírus, não se sabe exatamente quanto o aleitamento materno pode proteger o recém-nascido. Porém, bebês não amamentados ao seio adoecem com mais freqüência e gravidade. As mães produzem anticorpos para combater as infecções com as quais entram em contato e os compartilha com seu filho através do aleitamento. Na prática, o leite humano combate as infecções, o que é muito importante para os bebês pequenos, cujo sistema imunitário ainda não está completamente desenvolvido. O aleitamento materno também ajuda o bebê a criar sua própria capacidade para combater as infecções.
Por isto, a mulher não deve deixar de amamentar seu bebê caso esteja gripada. É recomendável que os bebês menores de 6 meses sejam alimentados exclusivamente com leite humano. Se a mãe estiver doente e não conseguir amamentar, pode extrair o leite e pedir a alguém para dar ao bebê em um copinho.
Hoje, mais do que nunca, o aleitamento
materno é reconhecido no mundo inteiro
como o fator mais eficaz de proteção para os
bebês. Conheça os principais motivos:
• O bebê que mama no peito não precisa de nenhum outro alimento,
líquido ou complemento, pois o leite materno oferece tudo que o bebê
precisa, mata a sede, a fome e possui todos os nutrientes que o bebê
necessita para crescer e se desenvolver forte e saudável. É o único
alimento capaz de oferecer tudo que o bebê necessita nos primeiros
seis meses de vida. O leite materno continua sendo um alimento
seguro e excelente até os dois anos ou mais.
• Não existe nenhum outro leite capaz de substituir adequadamente o
leite materno. Se o bebê tomar outros leites preparados em situações
precárias poderá ter diarreia.
• A amamentação é um excelente exercício para o desenvolvimento
da face da criança, importante para que ela tenha dentes fortes e
bonitos, desenvolva a fala e tenha uma boa respiração.
• Na amamentação, o bebê recebe os anticorpos da mãe para
proteção contra diarreia, infecções respiratórias e outras infecções.
• Amamentar é bom não só para a saúde do bebê, mas também
para a saúde da mãe. O sangramento pós-parto diminui, assim como
as chances de desenvolver anemia, câncer de mama, de ovário e
diabetes. A mulher que amamenta perde mais rápido o peso que
ganhou durante a gravidez.
• A amamentação favorece a relação afetiva entre mãe e bebê, e
também ajuda o bebê a defender-se de infecções e desenvolver-se
bem, tanto física quanto emocionalmente.
Amamentar é muito mais do que alimentar a criança
e, em situações de emergência, torna-se ainda mais
importante, pois o bebê fica vulnerável a infecções
intestinais e respiratórias. Dar o peito é muito mais que
oferecer o melhor alimento que existe. É dar saúde,
carinho e proteção, tão importantes em momentos
difíceis como nas situações de emergência.
Todos podem colaborar para dar mais
proteção à criança em situações de
emergência. Faça a sua parte.
• Evite a distribuição, de modo indiscriminado, de leites artificiais e
mamadeiras para os filhos de mulheres que estão amamentando,
pois, se utilizados, podem provocar desmame, doenças como
diarreia, infecções respiratórias e maior risco de morte. Outros
leites que não sejam o materno precisam de um ambiente limpo e
água fervida para o preparo, nem sempre disponíveis em situações
de emergência.
• Reconheça o valor da amamentação.
• Apoie a mulher que amamenta.
• Acredite que a mulher é capaz de amamentar, incentivando
e apoiando o aleitamento materno.
• Exerça o controle social, que é a participação da sociedade no
acompanhamento da execução das políticas públicas de promoção,
proteção e apoio à amamentação.
• Escute e aprenda, trocando informações.
• Ajude a mulher a acreditar na capacidade de amamentar o filho
com sucesso, mesmo em situações de estresse.
Meios de Comunicação
• Valorizem a importância do aleitamento materno.
• Incentivem a continuidade da amamentação.
• Lembrem-se que o leite materno é o alimento ideal e que, mesmo
em situações de estresse físico e emocional, as mães podem produzir
leite de qualidade e em quantidade suficiente para o seu filho.
• Enfatizem que o uso indiscriminado de outros leites em situações
de emergência pode oferecer risco de doenças e morte para
a criança, principalmente quando preparados em condições
precárias e com água não-potável.
• Reconheçam que a distribuição de leites infantis sem controle pode
causar doenças e mortes.
• Transmitam experiências positivas de aleitamento materno.
Profissionais de Saúde
• Acolham as mães, respeitando sua individualidade e transmitindolhes
confiança.
• Forneçam informações que facilitem a amamentação.
• Ajudem na continuidade do aleitamento materno e na solução de
problemas relacionados à amamentação.
• Incentivem e apoiem a relactação.
• Criem grupos de apoio ao aleitamento materno.
Governo
• Desenvolva políticas públicas em aleitamento materno e garanta o
cumprimento das leis de proteção à amamentação.
• Faça cumprir a Legislação que regulamenta a publicidade de
alimentos e produtos que concorrem com a amamentação, como a
Norma Brasileira de Comercialização de Alimentos para Lactantes e
Crianças de Primeira Infância, Bicos, Chupetas e Mamadeiras (NBCAL)
e a Lei N° 11.265.
• Desenvolva estratégias que garantam a promoção, a proteção e o
apoio à amamentação em situações de emergência.
Você sabia que...
Os bebês não têm horário para mamar. Eles costumam mamar
muitas vezes, de dia e de noite, principalmente nos primeiros
meses.
Nem todo choro do bebê é fome. Ele pode chorar porque está
com frio ou calor, sentindo algum desconforto, fraldas sujas ou
precisando de aconchego.
É comum o bebê engolir ar enquanto mama. Por isso, quando
ele terminar de mamar, é importante segurá-lo junto ao colo, em
posição vertical, para que ele não tenha desconforto.
O leite materno tem o sabor e o cheiro dos alimentos que a mãe
come. Por isto, a criança que mama no peito aceita melhor os
alimentos da família.
É muito importante que o bebê esvazie bem a mama, porque o leite
do fim da mamada tem mais gordura e, por isso, mata a fome do
bebê e faz com que ele ganhe mais peso.
O leite materno nunca é fraco, ele é sempre adequado para o
desenvolvimento do bebê. Nos primeiros dias, a produção de leite
é pequena e este leite chamado de colostro tem alto valor nutritivo
e é suficiente para atender às necessidades do bebê. Ele age como
uma verdadeira vacina, protegendo-o contra doenças.
A amamentação exclusiva protege o bebê contra alergias causadas
por outros leites.
Mamadeiras e chupetas podem dificultar a amamentação e causar
problemas na dentição e na fala da criança.
Os profissionais das equipes da Estratégia Saúde da Família,
dos postos e centros de saúde, dos bancos de leite humano,
dos hospitais Amigo da Criança e dos grupos comunitários de
apoio à amamentação podem ajudar nas dificuldades com a
amamentação.
Um assunto que interessa a muita gente que tem bebê em casa. Cada vez que a criança chora é uma preocupação. Como saber se é dor, se é manha, se é fome? Uma dúvida comum entre as mães de primeira viagem. Não só para as mães quanto para os pais, porque tudo é novidade.
E na hora de dormir, um outro problema - e grave - é a morte súbita. A cada ano, três mil crianças morrem durante o sono.
Esse é o tema da nova campanha da Pastoral, que recomenda que os bebês durmam de barriga para cima, isso evitaria em 70% essa morte repentina.
Por isso o RJTV convidou o pediatra Antônio Azeredo para tirar dúvidas e usou uma boneca simulando um recém nascido no estúdio.
Segundo o médico, toda a América Latina pensa que o correto é colocar a criança para dormir de lado. Ele diz que de lado ou de barriga para baixo a criança acaba respirando o ar que ela inspira, o ar impuro e com menos oxigênio.
O médico que diz que havia a preocupação de que, com a barriga para cima, o bebê ia inspirar o vômito, engasgar, mas a criança tem o instinto da tosse, que chama os pais. Então, nos primeiros seis meses de vida, é importante a criança dormir não na cama, mas no quarto com os pais.
Quando a criança está de lado ou de barriga para baixo a tosse não ocorre, provocando a chamada morte silenciosa, a morte do berço, a morte súbita.
O Dr. Antônio Azeredo diz que a morte súbita não tem uma causa definida. Tem o fator determinante que é dormir de lado ou de barriga para baixo e fatores coadjuvantes, como o desmame precoce e o fumo no ambiente em que a criança vive. Ele ressalta que é importante estimular o aleitamento materno exclusivo até seis meses e, a partir de seis meses, manter o aleitamento materno pelo menos até seis anos.
Ele explica que a digestão do leite de vaca é muito lenta.
Os pais de crianças que têm refluxo ficam mais preocupados com a posição na hora de dormir. A posição de barriga para cima é mais segura para dormir, mesmo para bebês que têm refluxo. Ele acrescenta que a cabeceira elevada também ajuda a diminuir o refluxo e deve ser mantida até um ano de vida, mesmo para bebês que não têm refluxo.
Ele alerta que também é bom não deixar bichinhos de pelúcia e paninhos na cama, que, além de provocar alergia, pode provocar o sufucamento.
Veja no vídeo a posição correta para o bebê na hora de dormir.
Toda mulher tem sangramento vaginal depois de ter um bebê. É o corpo eliminando o material que revestia o útero durante a gestação. É como uma menstruação, com um fluxo mais intenso, às vezes irregular. Essa secreção também recebe o nome de lóquios. À medida que o útero vai se contraindo e voltando ao tamanho normal, a intensidade do sangramento diminui, e a cor também muda: de vermelho vivo para rosa e depois para amarronzado ou amarelado.
Para algumas mulheres, dura só duas ou três semanas; para outras, até seis. O sangramento vermelho vivo deve ir embora depois de no máximo duas semanas. Se não for, é sinal de que talvez você esteja abusando das atividades. Reduza seu ritmo. Caso nos dias seguintes o fluxo continue intenso e bem vermelho, fale com o médico.
Não. A única providência é ter em casa, antes de ir para a maternidade, uns dois ou três pacotes de bons absorventes noturnos. Você pode levar um pacote para a maternidade, para o caso de não gostar do tipo fornecido pelo hospital. Absorventes internos não podem ser usados nas primeiras seis semanas do pós-parto, porque podem levar bactérias para o útero e causar infecções.
Procure o médico se o sangramento:
• exigir a troca de mais de um absorvente por hora
• continuar muito intenso e vermelho depois da segunda semana
• de repente ficar vermelho e intenso de novo depois da segunda semana, e não melhorar com o repouso
• tiver coágulos grandes (maiores que uma bola de pingue-pongue)
• tiver um cheiro ruim, ou se você tiver febre e/ou calafrios.
É raro, mas algumas mulheres sofrem da chamada hemorragia pós-parto secundária. Se você tiver uma hemorragia muito intensa depois que o fluxo já tinha diminuído (precisando de mais de um absorvente por hora), procure imediatamente o médico, mesmo que não haja coágulos. Pode ser um sinal de que um pedaço da placenta acabou ficando dentro do útero, ou de que o útero não está voltando ao tamanho normal como deveria. Também procure ajuda médica imediatamente se estiver sangrando e sentir que vai desmaiar.